sexta-feira, setembro 26, 2014

 

A Marina tirou a direita do armário!!!!!!

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Paulo Metri: Com Marina Silva, a direita saiu do armário


O que Sérgio Buarque de Hollanda diria de uma socialista de direita?

Desinibição da direita

Paulo Metri – conselheiro do Clube de Engenharia e colunista do Correio da Cidadania

"Hoje, a candidata Marina fala em mexer na Consolidação das Leis do Trabalho (CLT), pois, segundo fonte da sua campanha, “estas garantias trabalhistas são um peso para o desenvolvimento”. O mais surpreendente é que ninguém fica ruborizado.

Quantos sindicalistas e políticos socialmente comprometidos lutaram para trazer ganhos para a classe trabalhadora, e que a direita quer ver anulados, agora, com raciocínios tendenciosos e sem debate?

Tudo isto com a roupagem da “nova política”, através de consultas diretas à população, depois da divulgação de teses mal explicadas e manipuladas pela mídia antidemocrática que temos. Acerca de qualquer assunto, esta só divulga a versão do capital. O brasileiro, com a catequese insistente e sem acesso a outra análise dos fatos, fica desinformado e pronto para votar mal em qualquer plebiscito.

Nos últimos oito anos, desde a descoberta do Pré-Sal, por interferência dos governos de plantão, não tinha eco a entrega desta gigantesca reserva por concessão a grupos estrangeiros, através da qual eles só pagam os royalties e ficam com a totalidade do petróleo e a maior parte do lucro.

Pois bem, nesta eleição, chega-se ao auge da sem-vergonhice petulante, ao se propor a entrega por concessão do Pré-Sal, respaldada, mais uma vez, por esta grande criadora de falsas “verdades”, a mídia. Também a Petrobras ser a operadora única do Pré-Sal, o que acarreta a maximização das compras locais, provavelmente terá seus dias contados se Marina ou Aécio ganhar a eleição.

No momento, a direita quer o poder a qualquer custo e, para tanto, não está medindo esforços. A sociedade que se defenda, porque as perdas serão incalculáveis.

Hoje, qualquer crápula, sabedor da impunidade, mesmo se defender os interesses estrangeiros e receitar a miséria aos seus compatriotas, age de forma desinibida. Então, advogam o tripé econômico e outras medidas, sem grandes explicações para a população.

O Brasil passa por um momento crucial, pois uma eleição é sempre definidora do futuro. Pode-se embarcar em um projeto de desenvolvimento com desconcentração de renda e riqueza, na mesma tendência dos últimos três governos, ou “liberalizar” tudo.

Esta palavra, que continha um valor tão positivo no início do século passado, significando a conquista de direitos políticos, foi enxovalhada pelo neoliberalismo e, hoje, significa propostas econômicas causadoras de enormes perdas sociais.

Assim, a direita “saiu do armário” e usa a sua mídia, a única a que a grande massa tem acesso, para atingir a seus objetivos.

Ninguém sabe ao certo qual o verdadeiro programa de governo de Marina, porque as versões dos seus programas têm prazo de validade curto. Além dos temas considerados nobres pelos evangélicos, como criminalização da homofobia e casamento gay, ela titubeia também em relação ao Pré-Sal, à reforma da CLT, ao agronegócio e outros tópicos.

Aliás, uma recomendação que pode ser feita, se você representa um grupo de interesse, cujas reivindicações foram negadas pela candidata, procure mostrar a ela quantos votos o grupo detém e, dependendo do seu valor eleitoral, ela mudará de opinião.

Tendo este modo de agir, ela deveria ter feito um plebiscito para definir seu programa, pelo menos para os itens para os quais os financiadores de campanha não exigem posições, pois ela parece não ter opinião formada sobre nada e adere sempre à posição que traz o maior número de votos.

Resta saber quais serão suas decisões, se eleita, uma vez que quem não tem escrúpulos para mudar frequentemente de opinião antes de eleita, por que os teria depois?

Com relação à independência do Banco Central, ao papel dos bancos públicos e à revisão da lei da Anistia, Marina não titubeou em instante algum, apesar de estar totalmente errada. Com isto ganhou como aliados os novos e os antigos torturadores da população, pois o capital financeiro privado, nacional ou internacional, nada mais é que o novo causador de sofrimento ao povo com técnicas bem mais sutis que as da ditadura.

Marina pertenceu, na maior parte da sua vida política, a um partido que sempre pregou teses opostas às suas atuais. Por exemplo, o PT nunca pregou a autonomia do Banco Central, como tese partidária, e ela nunca reclamou durante os 24 anos em que lá esteve.

Antes que seus adeptos fanáticos digam que nomear Henrique Meirelles significou dar a maior autonomia possível a este banco, lembro que ele era demissível a qualquer momento e ninguém nunca viu Henrique Meirelles indemissível no Banco Central. Esta impossibilidade de demissão da diretoria do banco pelo presidente da República é o que Marina quer fazer.

Existe o ditado popular cheio de sabedoria: “diz-me com quem andas e eu te direi quem és!”. Baseado neste conceito, o que dizer de Marina, sabendo que ela anda com André Lara Rezende, Eduardo Giannetti, Mauricio Rands, Neca e Roberto Setubal, Pedro Moreira Salles, Guilherme Leal, Beto Albuquerque, João Paulo Capobianco, Silas Malafaia, a família Brenninkmeyer (dona da C&A), a ONG Greenpeace, a ONG World Wildlife Fund, a família real inglesa e círculos oficiais e financeiros estadunidenses? Concluo que ela é neoliberal, conservadora e entreguista.

Marina tem passagem livre em organizações internacionais com objetivos no mínimo questionáveis, como o Diálogo Interamericano. A sua participação em entidades internacionais com supostos propósitos ambientais e supranacionais lhe valeu a emblemática participação na abertura dos Jogos Olímpicos de 2012 em Londres, sem o conhecimento prévio do convite pelo governo brasileiro.

Assim, ela foi uma das oito personalidades mundiais que entraram no Estádio Olímpico na cerimônia de abertura. Sobre este ocorrido, o ministro do Esporte Aldo Rabelo disse: “Marina sempre teve boa relação com as casas reais da Europa e com a aristocracia européia. Não podemos determinar quem a Casa Real vai convidar, fazer o que?”.

Gostaria de saber o que pensariam, das teses de Marina Silva, João Mangabeira, Hermes Lima, Rubem Braga, José Lins do Rego, Antônio Cândido, Joel Silveira, Mário Apolinário dos Santos, Hélio Pellegrino, Sérgio Buarque de Hollanda, Evandro Lins e Silva, Antônio Houaiss, José Joffily, Evaristo de Morais Filho, Paul Singer, Jamil Haddad, Saturnino Braga, Adalgisa Nery e Francisco Julião, dentre tantos outros nomes históricos do Partido Socialista Brasileiro.

Por sorte, Saturnino Braga está vivo e analisa, não só o voto em Marina, como também o voto nesta eleição, em artigo disponível na internet no “Correio Saturnino 311”. Contudo, esta não é a primeira vez, na história brasileira, que enxovalham um partido.

Marina representa, assim como Aécio, a submissão aos interesses do grande capital, inclusive o internacional, em detrimento dos interesses do povo. A arquitetura política da direita, para esta eleição, foi maquiavelicamente elaborada, pois os dois candidatos a satisfazem, duplicando sua chance de sair vitoriosa, e com um único perdedor, a sociedade.

Porém, estão errados os que pensam que a população, apesar da mídia vendida, não capta posturas, incoerências e desvios éticos dos candidatos. Ela presta atenção não só às falas proferidas, como intui também o que está por trás das mesmas. O vai-e-vem da candidata Marina em seu pensamento político demonstra um desejo enorme de ir rapidamente ao pote para saciar sua sede de poder.


Assim, confio no discernimento popular e no seu aprendizado político adquirido nos últimos anos. Ganhando Dilma, resta ao PT fazer uma autoanálise para saber o porquê de ter gerado tanto ressentimento em certas camadas da sociedade, retiradas aquelas que são motivadas pela perda da exploração sobre outras classes."




Acreditamos que esse texto explica bem qual é a luta que está sendo travada nesta eleição.

Não há meio termo, ou se é pelo povo ou se é contra ele.

Tico 

 

Será que a educação mudou????

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Não pudemos deixar de publicar esse texto. Realmente vale a pena e mostra s visão de alguém que viveu os tempos de antes e vive o agora. Falam muito mal da educação no Brasil, só esquecem de dizer que a educação sobre a qual o Governo Federal é responsável é a de 3º grau. Leia o depoimento de um pós-Doutorado...


"Acesso à Universidade em dois tempos: Dos anos 80 a 2014

por Marcio Santos

No início dos anos 80, ainda em plena ditadura militar, “vestibular” era uma palavra quase maldita. As pernas tremiam e o coração saltava só de olhar o número de concorrentes: eram dezenas e dezenas de candidatos para uma mísera vaga num dos cursos de graduação das universidades federais. Em Belo Horizonte, quem não conseguisse a façanha de entrar na UFMG tinha que contar com a família para custear os caros cursos da então “Universidade Católica”, hoje Pucminas. Ou, o que era largamente o mais comum, abandonar por completo o sonho de entrar no tal do “curso superior”.

Num dia entre o final de 79 e o início de 80, já não me lembro exatamente em que mês, acordo assustado com o chamado da minha mãe. Havia varado noites a fio nos estudos para as provas de vestibular e estava atrasado. Ela tirou algum dinheiro da bolsinha e disse “vá de táxi, meu filho, você vai perder a prova”. Recusei e atravessei correndo os quarteirões que me separavam do ponto de ônibus para a UFMG. Consegui chegar a tempo, afinal, para encarar a primeira de uma sucessão de provas eliminatórias e classificatórias aplicadas ao longo de já não me lembro mais quantas etapas de seleção.

O tal do “cursinho” era quase obrigatório. Promove e Pitágoras se revezavam na captura de adolescentes de classe média que lotavam as salas quentes. Os professores davam aulas para centenas de pessoas. Eu, que não pudera pagar um desses cursinhos, acabei por ler a notícia da aprovação para o curso de Economia num cartaz estampado no antigo Promove da Rua São Paulo, no centro da cidade. Sozinho, dei um pulo silencioso de alegria e fui para casa abraçar a minha mãe. Mais tarde teria a cabeça raspada, como era de praxe.

Um salto de 30 e alguns anos me leva ao início de 2013. Foi quando escrevi o projeto de pós-doutorado em História, apresentado ao CNPq, uma das duas agências federais de fomento à pesquisa. Alguns meses depois veio a resposta positiva para o pedido de bolsa de pós-doutorado na França, na prestigiosa École des hautes études en sciences sociales.

O Programa Ciência Sem Fronteiras, do governo federal, garantiria a minha permanência em Paris por sete valiosos meses. A verba incluía, além da bolsa de manutenção mensal, auxílio para as passagens aéreas e uma taxa extra de 400 euros mensais, por se tratar de cidade cara. A minha esposa, doutoranda em Linguística, conseguira bolsa semelhante para o chamado “doutorado sanduíche”. E assim pudemos ir em família, levando o filhinho de 8 anos. Graças a essas bolsas e às facilidades que encontramos na França, pudemos morar e estudar numa das cidades mais desejadas e encantadoras do mundo.

O Brasil mudou, sim. Nos anos 80 da minha juventude éramos desesperançados, atravessamos pessimistas a chamada “década perdida”. O Plano Real, que debelou a inflação, trouxe-nos algum alento, mas todos sabíamos que mexia-se na superfície financeira de uma sociedade em que crianças morriam diariamente de fome nas ruas das grandes cidades. País “subdesenvolvido”, de “Terceiro Mundo”, “atrasado”, eram os termos mais comuns para nos referimos ao Brasil.

Esse quadro desalentador foi sacudido nos últimos 12 anos. Felicito-me diariamente pela dificuldade em conseguir uma empregada doméstica, porque as jovens pobres das vizinhanças são vendedoras de lojas, cabeleireiras, cuidadoras de idosos ou, até mesmo, universitárias. A lavadora de roupas da nossa casa estraga e a nossa ajudante opina certeira sobre o problema, pois tem um equipamento igual ou melhor em casa. Recebe um salário mínimo e meio por 6 horas diárias de trabalho, apenas de segunda a sexta-feira, com carteira assinada e direitos trabalhistas, um padrão impensável há 20 ou 30 anos.

Quanto a mim, pude desfrutar de um curso de pós-doutorado num centro mundial de produção intelectual graças a um programa dos governos Lula e Dilma. Não foi “dádiva”: tive que batalhar duro para ter o projeto aprovado e, depois, prestar contas do resultado final da pesquisa realizada. Mas esse ambiente de múltiplas alternativas de estudo, pesquisa e aprimoramento intelectual só foi possível por meio das transformações operadas pelos últimos 3 governos.

Na França o meu supervisor de pesquisa dizia-se surpreendido com a oferta de bolsas de pós-graduação pelas universidades públicas brasileiras, segundo ele maior até mesmo do que nas escolas francesas. É isso: somos comparados à França. E a comparação não vem de algum “petista apaixonado”, mas de um acadêmico e intelectual francês, nada interessado nas nossas lides políticas e eleitorais.

Muito resta por se fazer. O relatório da ONU informa que o país reduziu em 50% o número de pessoas que passam fome. Estamos nos aproximando do sonho de Lula em 1989: que todo brasileiro coma 3 vezes por dia. Mas ainda nos resta um fundo terrível de desigualdade, violência, exclusão e corrupção. Mudanças históricas são lentas, a menos que sejam feitas por revoluções – e esse não foi o nosso caso. Mas, com os programas sociais dos últimos 12 anos, sabemos que estamos no caminho certo.

Setembro de 2014

Marcio Santos"

Será que ele tem alguma razão no que escreve?

Tico

 

Comunicadores com Dilma!!!!!!

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Segue texto do manifesto de comunicadores não alinhados ao PIG (Partido da Imprensa Golpista). É bastante esclarecedor...

"Comunicadores com Dilma, por mudanças e democratização da mídia
Reveste-se de importância política o manifesto que comunicadores de todo o país – jornalistas, editores, blogueiros e ativistas sociais da luta pela democratização dos meios de comunicação – lançaram em apoio à reeleição da presidenta Dilma Rousseff. Uma posição política nítida, resultante da compreensão de que grandes causas estão em jogo na eleição presidencial de 5 de outubro.

O manifesto é assumido por um coletivo de pessoas que, individualmente ou como integrantes de movimentos e veículos de comunicação, lutam pelo aprofundamento das mudanças iniciadas no governo Lula e que tiveram continuidade ao longo do primeiro mandato da presidenta Dilma.

Efetivamente, os profissionais e ativistas políticos e sociais, cuja atividade é diretamente ligada com a luta de ideias, não podiam ser indiferentes ao fato de que as políticas sociais de Lula e Dilma tiraram da miséria 36 milhões de pessoas e foram responsáveis por excluir o Brasil do chamado mapa mundial da fome. Esses profissionais e ativistas perceberam o sentido estratégico que tem a assistência de saúde, por meio do programa Mais Médicos, a 50 milhões de brasileiros antes condenados a morrer de doenças banais por falta de atendimento primário, ou a verdadeira transformação no panorama da habitação, com a entrega de 6,8 milhões de residências no âmbito do programa Minha Casa, Minha Vida.

Estas e outras conquistas sociais, como as alcançadas na educação, e os grandes avanços na inserção do país no mundo, proporcionados por uma política externa ativa e altiva, a um só tempo independente, soberana, integradora, solidária, universalista e multilateralista, não escaparam à visão aguda que os comunicadores expressaram ao declarar o apoio à reeleição da presidenta Dilma.

O engajamento dos comunicadores na campanha da coligação Com a Força do Povo é uma proclamação de luta por reformas estruturais democráticas no país, por audaciosas mudanças, pela superação das contradições e por maiores avanços na realização do projeto democrático-popular iniciado há 12 anos, o que pressupõe o enfrentamento político e ideológico do neoliberalismo e conservadorismo próprios das classes dominantes retrógradas e da influência do sistema imperialista no país, o combate às candidaturas e forças políticas que sinalizam no sentido do retrocesso, da elitização ainda maior do poder político, da subordinação do país à oligarquia financeira.

Os ativistas políticos e sociais do setor da Comunicação comparecem, assim, na batalha política e eleitoral para defender causas elevadas – as reformas estruturais democráticas, a continuidade das políticas sociais, a defesa da soberania nacional – e constituir-se como um elemento de contenção a mais para impedir que as forças neoliberais entrincheiradas nas candidaturas de Aécio Neves (PSDB) e Marina Silva (PSB) imponham seus programas de arrocho, de cortes de direitos sociais e subordinação da economia do país aos interesses dos monopólios financeiros internacionais.

Tal pronunciamento é uma sinalização de que há um fértil terreno para que frutifique o esforço de formação de convicções e arregimentação de forças num setor profissional e social em que avança de maneira avassaladora a ideologia reacionária. E sobre esta base articular uma intervenção política, social e sindical que se incorpore ao conjunto do movimento social transformador no país.

A imposição do pensamento único, o exercício do monopólio dos meios de comunicação por grandes corporações nacionais e internacionais não seriam possíveis se não dispusessem também de uma base social e um expressivo contingente de quadros, que de maneira profissional e militante, ao invés de informar e opinar com critérios objetivos, dedicam-se à difusão de visões distorcidas da realidade e rematadas mentiras. Não há como negar que na elaboração do seu produto final, a usina de mentiras em que a mídia se tornou conta com expressivo contingente de profissionais comunicadores que são convictos defensores não somente da ideologia neoliberal dominante, mas militantes de causas antagônicas aos interesses dos trabalhadores e dos povos.

Ao apoiar a reeleição da presidenta Dilma, os comunicadores demonstram consciência de que este é o passo político necessário para avançar nas políticas de comunicação, com a conquista de um novo marco regulatório no setor, assegurando a democratização da mídia e a verdadeira liberdade de expressão como direito democrático e social.

A Constituição de 1988 estabelece princípios e diretrizes nessa direção, mas até hoje não foi regulamentada. A vitória eleitoral da presidenta Dilma mantém um ambiente político favorável para avançar nessa luta, concretamente para fazer vingar o Projeto de Lei de Iniciativa Popular das Comunicações e pela democratização do setor."

Tico

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